terça-feira, 20 de outubro de 2015

APUFPR-SSind participa de discussões do Congresso Ibero-Americano sobre Assédio Moral no Trabalho


Entre 8 e 11 de outubro, a Associação dos Professores da Universidade Federal do Paraná (APUFPR-SSind) esteve presente no III Congresso Ibero-Americano sobre Assédio Moral no Trabalho e IV Seminário Catarinense de Prevenção ao Assédio Moral no Trabalho, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Os eventos tiveram como tema Dignidade, Direitos Humanos e Solidariedade: Rumo à Transformação Social, e contaram com a participação de especialistas no tema e mais de 400 pessoas de países como Brasil, Chile, Cuba, Argentina, Colômbia, Equador, Venezuela, México, Uruguai, Espanha e Porto Rico.

O objetivo foi propiciar um ambiente de reflexão sobre a realidade ibero-americana e discutir estratégias de intervenção e articulação entre os trabalhadores para combater a violência no trabalho e promover a saúde.

Conferências, debates, minicursos, sessões de comunicação oral de trabalho, estudos e relatos de experiência foram feitos durante o Congresso e o Seminário para sensibilizar os presentes sobre as questões relacionadas à saúde do trabalhador, à prevenção e ao combate ao assédio moral.

O vice-presidente da APUFPR-SSind, Luis Allan Künzle, e a psicóloga Fernanda Zanin, representaram a entidade nas mesas de debates sobre Assédio Moral e Gestão, Assédio Moral e Universidade, e no minicurso Assédio Moral e Ações em Universidades.

Nas exposições foram compartilhadas as experiências do sindicato na luta contra essa violência na Universidade Federal do Paraná (UFPR) – que teve uma decisão inédita na Justiça de reconhecimento de um caso de assédio moral institucional coletivo – e os estudos dos casos acolhidos na APUFPR-SSind, e foram amplamente discutidos os problemas e características do assédio no funcionalismo público – em especial, na universidade pública.

Para Künzle, a troca de experiências e a ampliação do debate são fundamentais para mudar essa realidade de violência disseminada por toda a América Latina, fortalecer os mecanismos de luta e unificar o movimento.

“A atual conformação da crise do capital tem feito com que – para impor modelos de produtividade e submissão à lógica – cada vez mais as práticas de assédio se incorporem à gestão das instituições. Precisamos estruturar mais formas de intervenção capazes de combinar o acolhimento ao assediado e políticas coletivas que questionem as instituições. Precisamos lutar contra a institucionalização das formas de assédio”, destaca o vice-presidente.

Ao fim do Congresso, as entidades deliberaram pela formulação de uma carta com propostas de políticas públicas voltadas ao combate ao assédio – que deverá ser entregue aos governos de todos os países participantes do evento, para promover a transformação social e melhorar essa realidade.

O próximo Congresso Ibero-Americano será realizado em 2017 na cidade de Quito, no Equador.


Fonte: APUFPR-SSind



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